O Café Comunitário desta sexta-feira, 11 de junho, abriu espaço para bate-papo sobre um problema enfrentado por cerca de 24 milhões brasileiros: As necessidades especiais e o seu processo de inclusão. A equipe do Café aproveitou que a Feevale vai ser sede do Seminário Internacional de Educação entre os dias 16 a 18 de Junho, para falar como essa situação é enfrentada nas escolas de Novo Hamburgo e região. A professora doutora Regina de Oliveira Heidrich que lidera o projeto de extensão Design Inclusivo utilizando as Tecnologias de Informação e Comunicação aplicadas à Educação da Feevale, o Coordenador de Políticas Públicas para Pessoas com Deficência, Darwin Kremer; a aluna da Escola Municipal Samuel Dietschi, Vitória Strassburger, que é cadeirante e o seu pai, Vitor Strassburger; e Mário Carlos Wagner, 62 anos, aposentado, integrante do Projeto Reabilitação Cardiovascular e Metabólica da Feevale estiveram no encontro para debaterem os desafios enfrentados por aqueles que portam alguma necessidade especial.
A professora doutora Regina de Oliveira Heidrich afirmou que o maior desafio enfrentado nas escolas atualmente “é lidar com a diferença com naturalidade”. “O importante é enxergar as pessoas, e não as deficiências dela. A partir do momento em que se começa a se despir esse conceito, é possível ver dentro daquela pessoa, quais são as dificuldades que ela apresenta e como lidar com ela”, garantiu a pesquisadora.
“As pessoas reagem com preconceito principalmente os mais velhos”, conta a estudante Vitória Strassburger. Já Mário Carlos Wagner, 62 anos, aposentado que tem amputada a perna esquerda, conta que enfrenta alguns problemas ao se deslocar em calçadas na cidade. “Se costuma colocar rampas nos estacionamentos das residências e não pensam naquelas pessoas que precisam transitar nas calçadas, principalmente quem precisa do chão reto para se transportar”.
Como o Café Comunitário foi ao ar nas vésperas do Dia dos Namorados, Benvindo Tápua apresentou a história do casamento de seu Polinário no Alô Comunidade. Embalado pelo clima romântico, o leopoldense contou que se apaixonou pela colega de trabalho e fala sobre um dos tabus da rotina dos portadores de necessidades especias. “Ao contrário do que se costuma pensar, temos sim a necessidade e vontade de namorar como todo mundo”. Sobre as relações amorosas Darwin Kremer destaca: “As relações com as pessoas que amamos se tornam ainda mais especiais, porque elas nutrem um sentimento verdadeiro, o que é ainda mais bonito”, reforça o coordenador em resposta a uma reclamação da Vitória, 13 anos, que ficou triste com o fato de passar o dia dos namorados sozinha.
Sobre o Seminário Internacional de Educação: O evento pretende criar espaços de reflexão, produção e circulação de conhecimentos acerca das transformações culturais e tecnológicas e, em especial, nossa relação com o saber na contemporaneidade.
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